Esta é a história de Sam Cayhall, conhecido membro da Ku-Klux-Klan, que explodiu, em 1967, o escritório de um advogado judeu que militava pelos direitos dos negros, mutilando-o e matando seus dois filhos gêmeos de cinco anos de idade. O primeiro julgamento de Cayhall, com júri composto somente por brancos e manifestações da Klan do lado de fora do tribunal, terminou com sua absolvicão. Um novo julgamento, seis meses mais tarde, confirmou o veredicto. Doze anos depois, um promotor de Greenville, Mississipi, onde se passa a história, reabriu o caso. Desta vez, o júri era formado por oito brancos e quatro negros. Cayhall foi condenado à morte, na câmara de gás, e transferido para a penitenciária estadual em Parchman para aguardar a execução. Em 1990, numa grande firma de advocacia de Chicago, um jovem advogado chamado Adam Hall pede para trabalhar no caso Cayhall, que a firma vem mantendo durante anos. É um caso perdido e o tempo para revertê-lo está se esgotando - em algumas semanas Sam enfrentará a câmara de gás. Por que um jovem lutaria com açodamento para defender um assassino da Ku-Klux-Klan? Conforme sugere a semelhança dos sobrenomes, Adam é neto de Sam Cayhall, e esta reviravolta trará à tona questões familiares e humanas que procuram explicar a fúria racista do condenado. É neste contexto que Grisham discute a pena de morte e sua utilização pelo Estado, questionando sua eficácia, mesmo em casos como o de Cayhall. Muitos críticos consideram que, com este livro, o autor apresenta outras facetas de seu talento: concentração da narrativa nos personagens, conteúdo dramático convincente, estilo mais substancial e sofisticado do que utilizou nos dois romances anteriores.