Como capitão, o escritor Wilbur Smith, sinônimo de romance de aventura de qualidade. Em 'Aves de rapina' , Smith leva os leitores a uma viagem pelos sete mares a bordo de Lady Edwina, uma caravela à espreita dos galeões da Companhia Holandesa das Índias Orientais. Navios recheados com ouro e outras riquezas trazidas do exótico e pouco acessível Oriente. Em alguma latitude próximo ao Cabo da Boa Esperança, no assustador Oceano Índico do ano de 1667, Sir Francis Courtney lidera a tripulação do Edwina. Após ajudar o lendário corsário Francis Drake a derrotar a temida Armada Espanhola, seu objetivo é encher os bolsos com tesouros e especiarias - com bênção e ordem do rei Charles II, forte partidário da pirataria oficial. Enquanto patrulha a costa sul-africana esperando um sinal de velas no horizonte, treina seu filho, o adolescente Hal, para substituí-lo no comando. Após uma perseguição empolgante, Sir Francis captura um navio mercante holandês e pede resgate pelos nobres passageiros - o terrível governador da Cidade do Cabo Petrus van de Velden e sua sardônica - e infiel - esposa Katrina. Esta se envolve com Hal e desencadeia uma série de acontecimentos que culminam com a prisão e execução do capitão. De forma dramática, acompanhamos a transição forçada de Hal para a idade adulta, quando é obrigado a assistir a tortura e morte do pai pelas mãos dos holandeses. E ser alçado à posição de comandante. 'Aves de rapina' combina toda a ação e emoção típicas deste tipo de literatura com uma impressionante precisão histórica. Um livro no qual Smith exibe todas as qualidades que o colocam milhas e milhas à frente dos outros nomes do gênero; pesquisa e aventura na dose exata. Uma fábula sobre guerra e heroísmo que encanta do início ao fim. Um rico mosaico de paisagens marítimas e batalhas históricas, em ritmo equilibrado de tensão e drama.