Este é um garoto muito curioso, que não para de perguntar. Na escola, o braço sempre levantado, as perguntas pulando boca afora. “Onde já se viu tanta pergunta?”, diz a professora Lourdes, endoidecida. Mas o menino não tem jeito, já responde perguntando: “Há tantas perguntas no mundo… Como as professoras sabem todas as respostas?” Um dia chega o circo — “Tem pulga saltadora? Elefante? Macaco?” — e o menino conhece o palhaço Epifânio, que lhe prega uma peça, e a equilibrista vestida de azul — “Será que ela vai gostar de mim?”. Em suas andanças de perguntador pela cidade, caderno espiral e lápis debaixo do braço para anotar tudo, descobre uma porção de coisas. Entre elas, que seu avô José Maria também adora fazer perguntas e que o garoto mais malvado da escola é na verdade muito legal.